Usando suas vantagens de fábrica que não vence desde 2013, a equipe oficial Suzuki Eicstar realizou testes privados no Circuito das Américas nesta segunda-feira. A chuva atrapalhou o teste na parte da manhã, mas ela parou e o cronograma de atividades pôde ser cumprido como planejado.
Entre os novos componentes postos à prova, o até agora preterido chassi 2016, que aprovou para Maverick Viñales e continua sendo rejeitado por Aleix Espargaró. O 2016 é mais rígido, o que melhora as frenagens, mas paga um preço em estabilidade. Viñales irá testá-lo novamente em Jerez e disse que pode usá-lo também em Le Mans e Motegi, que têm muitas zonas de frenagem e pouca fluidez em curva.
A notícia divulgada ontem de que Maverick Viñales rompeu sua relação profissional com seu empresário, o finlandês Aki Ajo acendeu algumas luzes sobre o destino do talentoso piloto espanhol. Ajo irá receber uma multa alta pelo rompimento, e em seu lugar entra o espanhol paco Sanchez, que também cuida dos interesses de Pol Espargaró.
Segundo Aki Ajo revelou recentemente à sempre bem informada página alemã speeedweek, o contrato de três anos entre a Suzuki e o piloto estabelece que se ele chegar ao pódio este ano, a contratante exercerá a opção do terceiro ano, e ele terá que permanecer no time azul-claro em 2017.
Neste caso, a Yamaha terá que encontrar outro substituto para a - dada como definitiva - perda dos serviços de Jorge Lorenzo. Ajo não teria motivos para inventar essa situação, e plo que demonstrou até agora, Viñales parece próximo de estacionar no parque Fechado nas rodadas europeias do Mundial de MotoGP.
A opção seria ele propositalmente evitar essa possibilidade, o que parece de todo insensato. Provavelmente Ajo deixou passar essa cláusula na negociação com a Suzuki e está agora pagando o preço, pelo descuido - ou algo similar. Tanto que a relação com Sanchez não inclui contratos, que ficará a cargo do próprio piloto. Aliás, o que pode ser uma temeridade, pois MV25 tem apenas 21 anos.
Lembrei de quando Colin, o pai de Casey Stoner, renovou o contrato do campeão do mundo da MotoGP em 2007 por uma bagatela, contanto que tivesse exclusividade na venda de camisetas (T. Shirts) do filho na Austrália. Ou do rompimento de Jorge Lorenzo com seu então empresário, o brasileiro Marcos Hirsch, porque este não teria avaliado bem uma proposta da Honda para a temporada 2013.
Contratos de pilotos são uma parte importante do bem-estar deles, e devem ser assinados somente depois de exaustivamente avaliados e pesadas todas as suas consequências.
Tá entendido, mas... E aí? O que fará a Yamaha ante a provável "contenção" do seu preferido dentro dos muros da Suzuki? talvez oferecer a outro piloto um anito de contrato e esperar o " alvará de soltura" do espanhol.
Consultado, Valentino Rossi indicou seu amigo Andrea Iannone - desde que este não o torpedeie nas pistas - e Dani Pedrosa, justamente os dois que se envolveram em um acidente muito louco no último domingo. Ao que parece, Rossi quer um ano de sossego na garagem em 2017, e não está de todo equivocado.
As alternativas não se esgotam nas sugestões de Rossi; Pol Espargaró poderia ser essa opção de um ano. Outra opção seria Alex Rins; será que Lin Jarvis estaria disposto a repetir a escalade Jorge Lorenzo, que saiu das 250 direto para a equipe oficial Yamaha? De início ele poderia ir para a Tech3, onde é certo que Bradley Smith, de mudança para a KTM no fim do ano, não vai ficar.
Mas Rins quer uma equipe de fábrica, e esta poderia ser a própria Honda, na vaga de Dani Pedrosa.
Em suma, os dados estão rolando e a dança das cadeiras mais cobiçadas do planeta está cada vez mais rápida.
Ahh, e não estranhem se virem um Maverick Viñales um tanto tristonho no primeiro pódio dele no Mundial de MotoGP...
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