A música está tocando para ver quem vai sentar nas cadeiras mais velozes do motociclismo mundial ano que vem. Algumas paradas já aconteceram, e as cobiçadas vagas em equipes oficiais foram para o astro-rei Valentino Rossi, Maverick Viñales (ex-Suzuki), que vai estar com o italiano na Yamaha em 2017, Jorge Lorenzo (ex-Yamaha) e Andrea Dovizioso, a dupla da Ducati, Dani Pedrosa na Honda e Andrea Iannone (ex-Ducati) na Suzuki. A KTM, que alinhará duas motos ano que vem, definiu que um de seus pilotos será o inglês Bradley Smith.
Já na Aprilia, o inglês Sam Lowes, líder e um dos favoritos para o título da Moto2 este ano, está confirmado. Depois de resistir às propostas da Ducati, é certo que Marc Márquez vai permanecer na Honda, com aumento em seus mega-vencimentos, mais prioridade (ainda) no desenvolvimento da moto e outras regalias. O campeão das 125 em 199 Emilio Alzamora, que representa o bicampeão da MotoGP - tetra mundial -, reuniu-se em Mugello com Shuhei Nakamoto e Livio Suppo, do HRC, para fechar os detalhes, e o anúncio oficial deve vir na próxima semana.
Com Yamaha e Ducati resolvidas a Honda muito próximo disso, há alguns pilotos brigando pela cada vez mais desejada vaga na segunda Suzuki. O mais provável no momento é Alex Rins. Rafael Rins, pai do jovem piloto de 20 anos que é destaque na Moto2, se reuniu na Itália com Davide Brivio para negociar o contrato. A KTM também corteja Rins, que ao que parece está em melhor posição na Suzuki do que os outros pretendentes, entre eles Aleix Espargaró, cujo contrato de 2 anos termina no fim desta temporada.
Também estão na briga o campeão da Moto2 em 2015 Johann Zarco e o irlandês Eugene Laverty. Zarco, que vai testar a moto no mês que vem e defenderá a Suzuki nas 8h de Suzuka, está no aguardo de uma sinalização definitiva. Rumores no paddock de Mugello falam que a Suzuki está pensando em alinhar uma terceira moto, o que ajudaria no desenvolvimento do equipamento. Esta moto poderia ser entregue a Lucio Cechinnello, em uma operação de leasing certamente menos cara do que a que ele mantém atualmente com a Honda. O piloto? Um certo francês dado a comemorar vitórias com saltos estilo backflip...
O panorama entre as equipes independentes (privadas) é mais nebuloso. Na Yamaha Tech3, que cedeu Bradley Smith para a KTM, a renovação de pol Espargaró é cada vez mais incerta, e as opções passam por Johann Zarco, Alex Rins e Alex Lowes, de 25 anos, gêmeo do malucão Sam, atualmente em 9º no Mundial de Superbike, pela equipe oficial Yamaha.
Na antes mencionada LCR, se não mudar de bandeira, os candidadtos são o futuro-mas- talvez-não aposentado Cal Crutchlow e o irlandês Eugene Laverty, que tem crescido em prestígio a cada boa atuação.
O clima na Marc VDS não anda bom. Tito Rabat - campeão do mundo em 2014, estreante na MotoGP e aniversariante do dia - até que está indo bom; pontou em três de cinco etapas, fez um 9º na Argentina e está em 18º no Mundial, com 11 pontos, um mais que Cal Crutchlow. Bem pior está o australiano Jack Miller, em último no Mundial com apenas 2 pontos obtidos no Qatar. Tito tem status de estreante campeão e deve ficar, mas Miller está "rifado". As alternativas são o japonês Takaaki Nakagami e o ítalo-brasileiro (ocá, mais ítalo que brasileiro) Franco Morbidelli. São dois pilotos velozes mas muito irregulares, que pelo menos têm em comum a escala na Moto2. Coisa que Miller, o "prodígio" de Alberto Puig, não fez...
Na Pramac, Scott Redding, e especialmente Danilo Petrucci, devem ficar, com chance marginal para... Johann Zarco!
Seguindo para o fundo do grid, temos a Avintia Ducati, que ano que vem terá mais apoio da fábrica italiana. A esquadra do espanhol Raul Romero tem na linha de frente o espanhol Hector Barberá e o francês Loris Baz. Decorrido um terço do campeonato, irrequieto espanhol é o melhor piloto da Ducati, em 8º com 43 pontos, tendo como melhor resultado um 5º na Argentina. Baz, que quebrou o tornozelo no domingo, vem em 20º, com 8 pontos. É na vaga dele que a Ducati quer acomodar Pol Espargaró, com salários pagos pela fábrica e uma GP17 na garagem. Correndo por fora, o irmão mais velho, Aleix, mas a turma de Bolonh não está muito entusiasmada com essa possibilidade.
Se não encontrar abrigo na Avintia, Aleix pode retornar à Aspar, equipe pela qual ele foi bicampeão entre as equipes CRT - de triste memória - em 2012 e 2013. Não se sabe quem sairia, provavelmente Yonny Hernandez, em 21º no Mundial com apenas 3 pontos. Eugene Laverty, top 10 no campeonato com 36 pontos, 5 menos que Iannone e 2 mais que Dovizioso, pode até sair, mas para um lugar provavelmente melhor. Além dos antes citados, Alex Rins e Johann Zarco também estão em alta na equipe de Aspar Martinez...
A música pode parar a qualquer momento, e quem não encontrar sua cadeira vai ficar a pé em 2017.
Façam suas apostas...
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