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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Campeão Márquez cai e dá vitória de presente para Rossi na Austrália

Após conquistar o título da MotoGP de forma antecipada no Japão, semana passada, o espanhol Marc Márquez estava a 10 voltas de sua 12ª vitória na temporada, na etapa de Phillip Island, na Austrália. Com o feito, ele igualaria o recorde de vitórias em uma temporada, de Michael Doohan em 1997. Porém, quando tinha quatro segundos de vantagem sobre o italiano Valentino Rossi, o atual campeão caiu, deixou a prova e deu a vitória de bandeja para o adversário, que completava o seu 250º GP. Jorge Lorenzo chegou em segundo e Bradley Smith subiu ao pódio em terceiro, favorecido pela queda de Cal Crutchlow. Ao todo, nove pilotos não completaram a prova.

Com o título garantido de Márquez, a disputa pelo vice-campeonato é o que mais chama atenção. Com os 25 pontos da vitória, Rossi manteve o segundo lugar, com 255, seguido de perto por Lorenzo, que somou 20 e agora tem 247 pontos. Dani Pedrosa, outro que deixou a prova depois de uma queda, caiu para quarto com 230. Faltam mais duas provas para o fim da temporada. A próxima será na Malásia, no dia 26 de outubro e a última, em Valência, no dia 9 de novembro.
                                              Valentino Rossi comemora vitória no GP da Austrália de MotoGP

Eric Granado sofre achatamento de vértebras após tombo feio na Moto3

Único brasileiro a disputar o Mundial de Motovelocidade, Eric Granado (Calvo Team) sofreu uma lesão na coluna após uma forte queda no treino classificatório da Moto3 em Phillip Island, na Austrália, no último sábado. O piloto de 18 anos, que já havia fraturado um dedo da mão direita após cair no 3º treino livre, levou outro tombo na classificação e foi retirado da pista de maca.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Márquez e Pedrosa completam teste de Brno


Quinta, 17 Julho 2014

Os pilotos da Repsol Honda Team, Marc Márquez e Dani Pedrosa, deram por terminado o teste desta semana em Brno. Ao longo dos três dias os dois espanhóis ensaiaram a moto de 2014, bem como a nova máquina de 2015.

Na quinta-feira ambos os pilotos terminaram o trabalho à hora do almoço, com Pedrosa a efectuar mais 16 voltas na moto de 2014. Já o Campeão do Mundo Márquez fez 41 voltas com a actual montada, mas cinco com a próxima versão.
 
Marc Márquez:
“O teste correu muito bem, em especial neste último dia porque a pista tinha bom nível de aderência. Os tempos começaram a parecer bons e conseguimos testar mais algumas coisas, além de confirmar as sensações com o protótipo de 2015. No todo, o mais importante que levamos deste teste é que conseguimos testar a nova moto e dar respostas positivas. Mais, a Honda também trouxe novos componentes para a actual RC213V e conseguimos testar electrónica e travões, bem como diferentes afinações para o que estamos a usar agora. Estamos contente com a forma como tudo correu porque fizemos muitas voltas e recolhemos muitos dados. Agora podemos descansar, e bem que o merecemos!”
 
Dani Pedrosa:
“Acabámos por fazer muitas voltas. O tempo esteve bom e conseguimos testar muitas coisas, em particular pequenos acertos à moto. Algumas alterações foram feitas a pensar mais no futuro, mas outras podem ser usadas de imediato nas próximas corridas. De forma geral estou contente com os três dias porque demos alguns passos em frente com a electrónica; vamos ver se isso traz melhorias para a moto. Também conseguimos testar a nova moto e fazer os primeiros quilómetros, mas temos de continuar a testá-la para continuarmos com o desenvolvimento.”
 
Takeo Yokoyama, Director Técnico:
“Foi um teste positivo no seu todo, mesmo com as condições da pista a não serem perfeitas – foi complicado limpar a trajectória apenas com duas motos em pista – mas tivemos sorte com o tempo e no final o circuito não esteve muito mau. O Marc e o Dani completaram o programa de testes que tínhamos delineado e avaliaram muitas coisas nas suas actuais motos; nada de maior – apenas pequenos desenvolvimentos, afinações e componentes, incluindo um travão traseiro de polegar. Depois, é claro, tivemos a primeira versão da RC213V de 2015 para eles experimentarem. Houve comentários mistos, como sempre quando se estreia uma moto em pista, mas foi uma primeira vez que nos deixou razoavelmente contentes porque agora sabemos em que direcção seguir.”


quarta-feira, 2 de julho de 2014

After the Flag: Episode 7 -- Assen 2014

Yamaha and Valentino Rossi Set to Continue with Two-Year Contract Extension


pontuações ate aqui

Campeonato do Mundo

Atualização APOS:

IVECO DAILY TT ASSEN

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Motocicleta
Pts.

Yamaha e Valentino Rossi juntos com extensão de contrato de dois anos

Quarta, 2 Julho 2014

A Yamaha Motor Co., Ltd tem o prazer de anunciar que assinou novo acordo de dois anos com Valentino Rossi. O nove vezes Campeão do Mundo vai continuar a correr com a Movistar Yamaha MotoGP™ nas épocas de 2015 e 2016 do Campeonato do Mundo.

O anúncio surge a meio de uma excelente época para o veterano do MotoGP™. Rossi está actualmente na segunda posição da geral depois de ter conquistado quatro segundos lugares e um total de cinco pódios nas oito corridas já disputadas este ano.
 
Lin Jarvis
“Estou muito contente por termos concluído este acordo com o Valentino para 2015 e 2016. Desde que regressou à Yamaha em 2013 tem sido uma experiência muito positiva para todos os envolvidos. Ao cabo de dois anos difíceis “longe de casa”, o Valentino regressou no ano passado, não apenas para nós, mas também para a sua adorada YZR-M1. Os fãs das corridas por todo o mundo ficaram muito contentes por o verem recuperar a competitividade e por testemunharem o prazer com que agora correr o quanto se diverte de novo nas duas rodas. O factor “divertimento” é crucial para o Valentino conseguir resultados – na verdade, quando se juntou a nós pela primeira vez em 2004 uma das mais importantes motivações para a mudança para a Yamaha foi o desejo que tinha de criar um ambiente onde pudesse apreciar as corridas. A sua satisfação é óbvia para todos os que o conhecem em eventos do MotoGP™, ou para quem o vê a correr pela televisão e reflecte-se nos excelentes resultados de corrida deste ano, ocupando actualmente o segundo posto no Campeonato do Mundo. Estamos desejosos pelos próximos dois anos e meio juntos e é nossa intenção manter o Valentino na Yamaha até ao final da sua carreira desportiva e mesmo depois disso.”
 
Valentino Rossi
“Estou muito contente por anunciar que assinei novo contrato com a Yamaha para continuarmos juntos no MotoGP™ nos próximos dois anos. Estou muito orgulhoso deste anúncio. É muito importante para mim porque gosto mesmo muito de trabalhar com a minha equipa e com todo o pessoal da equipa, tantos os elementos japoneses, como os europeus, que têm estado comigo durante quase toda a minha carreira. É fantástico porque este era o meu objectivo; queria continuar, sinto-me bem e motivado para continuar a dar o meu melhor. Estou muito contente por poder continuar a rodar com a YZR-M1, que é a minha paixão há muitos anos e continuará este ano e nas próximas épocas. Um grande “obrigado” a todos, vou tentar continuar a dar o máximo para chegar à frente e fazer boas corridas. Aproveitem!”

MotoGP™ Basics

Vista Geral

O MotoGP™ principal Campeonato do Mundo de motociclismo; uma competição com 19 corridas em 14 países, quatro continentes e com cobertura televisiva global.. A grelha conta com os melhores pilotos do mundo em representação de nove nacionalidades, todos eles armados com a mais avançada tecnologia de motociclismo com os protótipos a serem fabricados por três construtores: Ducati, Yamaha e Honda.
Estabelecido como Campeonato do Mundo pela FIM (Fédération Internationale de Motocyclisme) em 1949, o MotoGP™ está agora na 65ª edição. É o mais antigo campeonato de desportos motorizados do mundo e a categoria rainha das três classes que tomam parte num típico fim-de-semana de Grandes Prémios. Antigamente denominado "500cc", o campeonato foi alvo de alterações em 2002 com os novos regulamentos técnicos a permitirem a introdução das 4 tempos e o aumento da capacidade dos motores para 990cc, tornando-se no MotoGP™. A partir de 2007 as regras foram alteradas, com os motores a serem limitados a 800cc e depois uma vez mais em 2012, com a capacidade máxima dos blocos propulsores a passar para os 1000cc. O MotoGP™ é administrado pela Dorna Sports, detentora dos direitos comerciais, desde 1992 e sob a supervisão da FIM.
O MotoGP™ conta com grande história, com eventos de Grande Prémio a serem disputados nos quatro cantos do mundo nos últimos 65 anos. Mais de 2,4 milhões de pessoas cruzaram os portões dos circuitos para verem o MotoGP™ em 2013. Itália, Grã-Bretanha, Espanha, Estados Unidos e Austrália são apenas algumas das nacionalidades que contam com grandes números em termos de vitórias e de ceptros mundiais, detalhes que pode encontrar na secção Resultados & Estatísticas.
Além da categoria rainha, o Campeonato do Mundo de Grandes Prémios é ainda composto por duas categorias muito competitivas, formando no seu todo o "MotoGP™." Os Campeonatos do Mundo de Moto3™ (antigas 125cc) e de Moto2™ (antigas 250cc) têm as suas próprias corridas em cada um dos Grandes Prémios, fazendo com que no final da época sejam coroados três campeões.

FINS-DE-SEMANA DE CORRIDAS

Num fim-de-semana de Grandes Prémios há uma corrida por cada uma das três categorias do MotoGP:
  • Moto3™ – A classe de 4-tempos, de 250cc de um cilindro substituiu a categoria de 125 GP em 2012. A idade máxima para os pilotos é de 28 anos (25 para pilotos wild card e para os recém contratados e a competir na Moto3 pela primeira vez) e a idade mínima é de 16 anos.
  • Moto2™ – A classe de Moto2™ substituiu a categoria de 250cc a partir de 2010. A Honda é a fornecedora única de motores, enquanto os pneus são fornecidos pela Dunlop. As motos são equipadas com um motor de 600cc a 4-tempos, debitando cerca de 140cv e o desenho e construção do chassis é livre desde que respeite as limitações impostas pelo Regulamento Técnico de Grandes Prémios da FIM. O quadro, braço oscilante, depósito de combustível, banco e carenagem de motos não protótipo (i.e. de produção e homologadas para a estrada) não podem ser utilizados. A idade mínima dos pilotos é de 16 anos.
  • MotoGP™ – A categoria de elite e o derradeiro teste dos talentos dos pilotos, onde a capacidade máxima do motores são uns impressionantes 1000cc (4-tempos) e a idade mínima dos pilotos é de 18 anos.
Em eventos seleccionados o programa é aumentado ainda com a Red Bull MotoGP™ Rookies Cup e Shell Advance Asia Talent Cup – iniciativas destinadas a descobrir as futuras estrelas do MotoGP™ provenientes de todo o mundo.
Um evento de Grande Prémio tem lugar ao longo de três dias, com os dois primeiros dedicados aos treinos e qualificação de cada classe. O MotoGP mudou o formato de qualificação em 2013, onde os pilotos têm de se pré-qualificar para terem um lugar na qualificação reservada aos dez mais rápidos; essa qualificação é feita em qualquer um dos treinos livres. Uma segunda sessão de qualificação é reservada ao pilotos mais lentos no sábado, mas os dois melhores desta sessão juntam-se à luta pela pole position pouco depois. Para as classes de Moto2™ e Moto3™ o formato de qualificação mantém-se inalterado. O terceiro dia é dedicado às corridas.

A Qualificação do MotoGP™ explicada:

Como em anos anteriores, haverá três sessões de Treinos Livres de 45 minutos que, num fim-de-semana de corridas tradicional, têm lugar na sexta-feira e na manhã de sábado. A diferença este ano será o facto dos tempos dessas sessões contarem para a Qualificação, com o resultado combinado a determinar se um piloto participa na QP1, ou na QP2.
A Q1 é composta pelos pilotos a partir do 11º tempo e mais lentos e terá uma duração de 15 minutos. Durante este período os pilotos são incentivados a qualificarem-se para a QP2, com os dois mais rápidos da sessão a serrem apurados. Isto resulta numa lista de 12 pilotos a competirem na última sessão qualificação de 15 minutos, a QP2, e que determina a ordem de partida na frente. Os pilotos que fiquem de fora das duas primeiras posições de QP1 alinham na grelha pela ordem de tempos de QP1 a partir do 13º posto.
Para fazer face a qualquer alteração inesperada, ou ajustes necessários, haverá um Treino Livre 4 de 30 minutos que terá lugar antes das duas sessões de Qualificação. Esta sessão não será cronometrada, nem contará para a Qualificação em que um piloto tomará parte.
  • 1. As actuais três sessões de treinos livres não serão alteradas, contudo, os tempos combinados das mesmas determinarão a participação na última sessão de qualificação.
  • 2. Os dez pilotos mais rápidos passam directamente para o Treino de Qualificação 2 (QP2).
  • 3. Todos os outros pilotos tomam parte no Treino de Qualificação 1 (QP1).
  • 4. Os dois pilotos mais rápidos de QP1 passam para QP2, fazendo no final sejam 12 pilotos a lutar pelas 12 primeiras posições da grelha.
  • 5. Os pilotos que não fiquem entre as duas primeiras posições de QP1 ocuparão a grelha a partir da 13ª posição pela ordem dos tempos conseguidos em QP1.
Após as sessões de warm-up de cada categoria no dia de corrida, a tradição dita que é a categoria mais baixa a primeira a ir para a pista, neste caso a Moto3™, seguida da Moto2™ e, finalmente, do MotoGP™. Contudo, isto pode ser alvo de alterações. As corridas variam em distância entre os 95 e os 130 km e normalmente têm uma duração de 40 a 45 minutos, dependendo do número de voltas, o que varia em cada pista. As paragens nas boxes são raras, mas permitidas, sendo mais aplicadas em condições climatéricas instáveis, quando os pilotos podem entrar no pit lane e trocar de moto para outra com pneus de especificação diferente (apenas MotoGP™).

PILOTOS

O actual Campeão do Mundo de MotoGP™ é Marc Márquez, da Repsol Honda Team, que em 2013 conquistou o primeiro ceptro na categoria rainha e na época de estreia, batendo numerosos recordes pelo caminho. O Campeonato viu Jorge Lorenzo, da Yamaha Factory Team, terminar muito próximo, em segundo, após alguns espectaculares duelos entre ambos, enquanto Dani Pedrosa, da Repsol, terminou em terceiro num ano de sorte mista.
Em 2014 a classe de MotoGP™ vai contar com nova selecção de pilotos – conhecidos por Estreantes – que vão garantir que o nível de competição e capacidades de pilotagem se mantêm ao mais elevado nível. O Campeão do Mundo de Moto2 de 2012 Pol Espargaró passa para a categoria rainha, ocupando o lugar deixado vago por Cal Crutchlow na Tech3, com os também estreantes Scott Redding e Mike di Meglio a irem para a GO&FUN Honda Gresini e Avintia Blusens, respectivamente. Quem também se vai estrear no MotoGP é o australiano Broc Parkes com a CRT da PBM. A lista de participantes em cada Grande Prémio é composta pelos pilotos permanentes, contratados e nomeados pelas suas equipas para toda a época, e por wild cards – frequentemente pilotos locais. Cerca de 24 participantes vão alinhar em cada corrida do MotoGP™, e cerca de 35 participam nas corridas de Moto2™ e Moto3™.
Pilotos de todo o mundo competem no Campeonato do Mundo, incluindo das seguintes nações: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Indonésia, Itália, Japão, Malásia, Portugal, Qatar, Reino Unido, República Checa, São Marino, Suíça e Tailândia.
Para conhecer os perfiles de cada um dos pilotos das três categorias dos Grandes Prémios visite a secção &url.
O MotoGP™ também tem ligações próximas com a instituição de caridade Riders for Health, que ajuda profissionais de saúde em África a terem acesso a meios de transporte fiáveis para que possam chegar à populações mais isoladas com cuidados de saúde regulares e previsíveis.

Principais Regras

Compreender algumas das regras básicas do Campeonato do Mundo de MotoGP™ ajuda a um maior entretenimento para qualquer espectador de Grandes Prémios, seja na pista ou em casa através da televisão.
A lista completa das regras do Campeonato do Mundo de Grandes Prémios de Velocidade da FIM pode ser obtida no site oficial da FIM carregando aqui, enquanto na secção abaixo pode encontrar alguns exemplos das mais importantes regras.
Regras de travagem em pista e/ou ignorar instruções das bandeiras pode resultar em várias penalizações para os pilotos, dependendo da gravidade da infracção, nomeadamente: avisos, multas, penalizações de passagem pela via das boxes, alteração da posição de corrida, penalizações de tempo, desclassificações, remoção de pontos do Campeonato do Mundo, suspensões, ou exclusões.

PROCEDIMENTO DE PASSAGEM PELA VIA DAS BOXES

A penalização de Passagem Pela Vias das Boxes pode ser imposta a um piloto se, por exemplo, fizer falsa partida e deixar a sua posição antes das luzes vermelhas se apagarem para o início da corrida.
Durante a corrida, o piloto será instado a passar pelo pit lane e poderá depois juntar-se aos demais em pista. Não é permitido parar e o piloto tem de respeitar o limite de velocidade de 60 km/h no pit lane. Em caso de infracção deste limite de velocidade o procedimento de passagem pelo pit lane será repetido, em caso de segunda infracção desde limite será apresentada ao piloto a bandeira preta, o que significa desclassificação.
Após a notificação da penalização de passagem pela via das boxes ter sido dada a conhecer à equipa do piloto, será apresentado um quadro amarelo com o número do piloto na linha de meta e a informação será também apresentada nos ecrãs de tempos. O piloto em causa que não efectuar a passagem pela via das boxes, depois do quadro lhe ter sido apresentado cinco vezes, verá a bandeira preta.
No caso da organização da corrida ter sido incapaz de aplicar a penalização antes do final da corrida o piloto em causa será penalizado em 20 segundos.

CORRIDAS MOLHADA & SECA

Todas as corridas são classificadas como secas, ou molhadas, pela Direcção de Corrida (composta por representantes da FIM, IRTA e Dorna) antes do início. Pode ser apresentada uma placa na grelha para indicar o estatuto da corrida. Se não for apresentada nenhuma placa a corrida é automaticamente considerada seca. O propósito desta classificação é indicar aos pilotos as consequências das condições climatéricas instáveis durante a corrida o que, é claro, afecta a escolha de pneus.
Uma bandeira branca agitada no posto de comissários durante a corrida significa que a Direcção de Corrida decidiu declarar a prova como molhada depois de a ter declarado inicialmente como seca. Nesta situação os pilotos podem trocar de moto a meio da corrida para outra com pneus de chuva, mas até ao momento e desde que esta regra foi introduzida em 2005, a mesma só foi usada por três vezes. É normalmente a isto que se chama de corrida bandeira-a-bandeira. (só na classe de MotoGP)
A primeira vez que isso sucedeu no GP de Portugal em 2005 foi de tal forma tarde que os pilotos continuaram com as motos de seco, mas no Grande Prémio da Austrália de 2006, em Phillip Island, e em Le Mans em 2007 a chuva começou a cair cedo e com intensidade suficiente para levar à troca de motos, o que resultou em emocionante espectáculo com todo o pelotão do MotoGP™ a entrar no pit lane a meio da corrida para a troca de montadas.

Bandeiras & Luzes

Durante o decorrer de um Grande Prémio há bandeiras e luzes de aviso que são usadas para passar informação crucial aos pilotos sobre a corrida.
As bandeiras são apresentadas pelos comissários em vários locais à volta do circuito e os pilotos têm sempre de estar conscientes das mensagens que lhes são apresentadas. Todas as bandeiras são agitadas.
Ignorar as instruções das bandeiras pode resultar nas seguintes penalizações, dependendo da gravidade da infracção: aviso, multa, passagem pela via de boxes (ver secção Principais Regras para mais informações), alteração da posição da corrida (ver abaixo regras da bandeira amarela), penalização de tempo, desclassificação, retirada de pontos do Campeonato do Mundo, suspensão, ou exclusão.

Bandeira Preta

Desclassificação. Agitada em cada posto de comissários em conjunto com o número do piloto, a bandeira preta significa que o piloto tem de parar nas boxes no final dessa volta e não pode reatar a corrida. Esta bandeira será apresentada após a equipa do piloto ser notificada.

Bandeira Preta com Disco Laranja

Esta bandeira informa o piloto que a sua moto tem problemas técnicos que o podem colocar em perigo a ele, ou outros, e que deve abandonar a pista de imediato.

Bandeira Branca

Agitada no posto de comissários durante a corrida, esta bandeira indica que os pilotos podem trocar de máquina. A Direcção de Corrida indica, através da bandeira branca, que a pista está suficientemente molhada para justificar a troca de motos e o Grande Prémio passa a ser considerado molhado depois de ter sido inicialmente declarada como corrida 'seca' no início. Veja a secção Principais Regras para detalhes sobre a aplicação desta regra.

Bandeira Branca com Cruz Vermelha diagonal e Bandeira Amarela e Vermelha às Riscas

Chuva nesta secção da pista (agitada no posto de comissários) – esta combinação de bandeiras avisa o piloto que a pista está molhada.

Bandeira Azul

Agitada no posto de comissários, esta bandeira indica ao piloto que está prestes a ser ultrapassado, tendo de facilitar a ultrapassagem na primeira oportunidade. Durante os treinos o piloto a quem esta bandeira for mostrada deve manter a trajectória, abrandando para permitir a passagem do piloto mais rápido. Durante a corrida, o piloto a quem esta bandeira for mostrada está prestes a ser dobrado. Esta bandeira também é mostrada à saída do pit lane sempre que há tráfego a aproximar-se na pista.

Bandeira Xadrez Preta & Branca

Esta bandeira é agitada na linha de meta e ao nível da pista para indicar o final da corrida ou sessão de treinos. O vencedor da corrida é o primeiro a ver esta bandeira quando cruza a linha de meta.

Bandeira Amarela

Mostrada e agitada em cada linha da Grelha de Partida, esta bandeira significa que o início da corrida foi atrasado. Quando agitada no posto de comissários, esta bandeira indica que há perigo à frente. Os pilotos têm de abrandar e preparar-se para parar caso seja necessário. As ultrapassagens são proibidas até que a bandeira verde seja mostrada.
O desrespeito da bandeira amarela durante os treinos resulta na anulação do tempo efectuado na volta em que a infracção foi cometida. Em caso de desrespeito desta regra durante a corrida o piloto terá de ceder as posições determinadas pela Direcção de Corrida.
Durante a última volta de reconhecimento esta bandeira tem de ser agitada no local onde os comissários estarão durante os treinos, warm-up e corrida.

Bandeira Vermelha e Luzes Vermelhas

Sempre que a corrida ou a sessão de treinos forem interrompidas a bandeira vermelha será agitada em cada posto de comissários e as luzes vermelhas devem ser ligadas em toda a pista. Os pilotos devem regressar às boxes a velocidade reduzida. A bandeira vermelha será mostrada e as luzes vermelhas devem estar acesas à saída do Pit Lane quando este estiver fechado. Os pilotos não podem sair do Pit Lane.

Luzes Vermelhas

Início da Corrida. As luzes vermelhas serão ligadas na linha de partida entre 2 a 5 segundos para iniciar cada corrida. "As luzes apagaram-se" é, por este motivo, a frase preferida dos comentadores para indicarem o início da corrida.
No final de cada sessão de treinos e warm-up a luz vermelha será ligada na linha de meta.

Luz Verde

Esta luz tem de ser ligada à saída do Pit Lane para informar do início de cada sessão de treinos, warm-up, das voltas de reconhecimento e da volta de aquecimento.

Bandeira Verde

Pista livre de perigos. Esta bandeira tem de ser agitada em todos os postos de comissários durante a primeira volta de cada sessão de treinos e no warm-up, na(s) volta(s) de reconhecimento e volta de aquecimento. Esta bandeira tem de ser agitada pelo comissário de partida para dar início à volta de aquecimento. Esta bandeira tem de ser agitada à saída do Pit Lane quando este estiver aberto.
Esta bandeira tem também de ser agitada no posto de comissários imediatamente após o local de um incidente que necessite de ser assinalado com uma, ou mais bandeiras Amarelas.

Não Circuito

O paddock do MotoGP™ é um local atarefado, cheio de pessoas de todas as equipas e fornecedores técnicos de pneus a suspensões. Nos bastidores há centenas de pessoas que coordenam cada fim-de-semana de corridas em termos de organização, medidas de segurança, logística, cobertura televisiva, actividades comerciais, instalações VIP, e Media. A Clínica Móvel garante também que o MotoGP™ tem um serviço médico dedicado em cada jornada. Pode ler mais sobre cada um destes pontos nas secções relevantes.
Cada circuito do calendário do MotoGP™ tem a sua atmosfera única, assim como características, história e desenho – do asfalto, às luzes artificiais e deserto do Circuito Internacional de Losail, no Qatar, ao majestoso e ventoso traçado de Mugello, na Toscana, no Norte de Itália. Para saber mais sobre cada um dos palco do MotoGP™ visite a nossa secção Calendar & Circuits.
Para receber um Grande Prémio, cada circuito tem de contar com um conjunto de instalações e características universais que façam com que o fim-de-semana decorra sem sobressaltos, com segurança e uniformidade – ao longo das 19 jornadas da época do MotoGP.
Essas instalações são as seguintes:

CABEÇA

Boxes/Garagens

Uma workshop, ou garagem onde cada equipa se prepara para os treinos, qualificações e corridas. Entre outras coisas, a box contém equipamento de monitorização, ferramentas, peças suplentes, pneus, motos de substituição e, é claro, vários atarefados elementos da equipa. As portas traseiras da box dão para o paddock onde as formações têm os seus camiões estacionados, enquanto a porta frontal dá directamente para o pit lane.

Pit Lane

O pit lane liga as boxes à pista em si e é adjacente à recta de meta, da qual é separada pelo muro. Os pilotos usam o pit lane para deixarem e voltarem às suas boxes e não podem rodar a mais de 60 km/h nesta zona do circuito. O pit Lane é visível do centro de imprensa e da direcção de corrida e normalmente também por uma bancada principal. Por questões de segurança, o tráfego é feito apenas num sentido, pelo que para os pilotos poderem chegar à grelha de partida têm de sair do pit lane pelo final do mesmo e dar uma volta inteira à pista para ocuparem as suas posições de partida.

Muro das boxes

Os membros das equipas podem atravessar o pit lane desde as suas boxes para se posicionarem junto ao muro das boxes, onde passam informações aos pilotos através de placas. Conforme os pilotos passam pela recta da meta eles procuram os elementos da equipa que, através do placa, podem passar informações como diferenças de tempos entre pilotos, número de voltas efectuadas, tempos por volta, ou informações para voltarem às boxes durante os treinos e qualificação. Apenas seis elementos de cada equipa podem estar no muro das boxes a qualquer momento durante a corrida.

Recta da meta

Adjacente ao pit lane e vista desde as instalações da imprensa, direcção de corrida e da bancada principal, a recta da meta é o local onde as corridas começam e acabam. É na recta da meta que está marcada, no chão, a grelha de partida para que os pilotos saibam onde se devem colocar para a partida. É claro que é também aqui que está assinalada no solo a linha de meta onde um oficial de corrida apresenta a bandeira de xadrez no final da corrida.

Parque Fechado

Zona delimitada localizada no pit lane e onde os homens do pódio (os três primeiros) de cada corrida são posicionados após o final da acção em pista. Um grupo seleccionado de elementos da imprensa podem levar a cabo as primeiras entrevistas com os pilotos – principalmente televisão – imediatamente após terem terminado a corrida.

PADDOCK

O paddock fica atrás do complexo principal do circuito, adjacente às boxes, e é o local de armazenamento e de trabalho da maior parte das pessoas envolvidas nos Grandes Prémios. Normalmente conta com:
  • - Camiões de serviço das equipas (com escritórios e equipamento)
  • - Camiões de media (com escritórios e estúdios de edição)
  • - Unidades de hospitality (equipas, organizadores e patrocinadores têm hospitalities onde pessoal e convidados podem descansar e comer em cada Grande Prémio)
  • - Motorhomes (onde os pilotos descansam, dormem e se preparam para a acção)
  • - Escritórios administrativos (os escritórios da Dorna & IRTA onde são coordenadas a administração e organização de cada Grande Prémio)
  • - Áreas dos fornecedores de pneus (a Bridgestone e a Dunlop têm camiões de fornecimento de pneus e áreas de trabalho onde preparam os compostos para cada equipa)
  • - Clínica Móvel (o hospital ambulante do MotoGP™ está sempre presente no paddock, enquanto cada circuito tem a sua própria instalação médica permanente)

COMPLEXO PRINCIPAL DO CIRCUITO

Sala da Direcção de Corrida

Cada corrida da época do MotoGP™ é monitorizada e acompanhada por uma equipa de oficiais conhecida como Direcção de Corrida (ver secção Corpos Directivos para mais informação). Da sua sala de monitorização, cuja localização exacta varia de pista para pista, mas que costuma ser nos edifícios administrativos junto ao pit lane, a Direcção de Corrida vê todas as imagens em ecrãs de televisão que escrutinam cada centímetro da corrida e da pista e comunica, via rádio, com os vários postos de comissário à volta do traçado para garantir que as regras dos Grandes Prémios são correctamente aplicadas e que a segurança da pista é mantida a todo o momento.

Cronometragem

O departamento de cronometragem da Dorna Sports (ver secção Corpos Directivos) regista a prestação de cada piloto de cada categoria em todas as sessões de treinos livres, qualificação, warm up e corrida ao longo da época e ao milésimo de segundo – tudo feito a partir de uma sala em cada circuito, normalmente adjacente à sala da Direcção de Corrida. Os serviços de tempos em directo, muito exactos, são fornecidos à imprensa de todo o mundo pelos cronometristas através de equipamento de registo digital em cada moto, em estações à volta da pista e do centro de controlo principal na sala de cronometragem.

Centro de Imprensa

O complexo principal do circuito conta ainda com uma sala de imprensa (de onde os jornalistas de todo relatam a acção), um escritório de gestão da imprensa, sala de entrevistas e sala de conferências de imprensa.

ESTÁDIO ou BANCADAS

Os melhores na pista para os fãs são os que estão directamente em frente da recta da meta e numa bancada coberta, muitas vezes com camarotes para grupos privados e normalmente localizada à frente dos edifícios administrativos do circuito. É usual haver mais bancadas com lugares sentados à volta da pista, normalmente viradas para chicanes, ou curvas chaves onde os fãs podem ver as estrelas do MotoGP™ lutarem entre si nos mais importantes pontos de ultrapassagem.

Motocicletas

As motos usadas no MotoGP™ são construídas de propósito para as corridas – 'protótipos' – que não estão disponíveis para venda ao público em geral e que não podem circular de forma legal em vias públicas.
Os regulamentos técnicos a que as equipas de Grandes Prémios têm de submeter quando constroem as suas máquinas para competirem no MotoGP™ oferecem um guia simples do tipo de motos usadas pelos pilotos.
As capacidades dos motores permitidos em cada classe são os seguintes:
MotoGP™ - A partir da época de 2012, a capacidade máxima dos motores foi limitada a 1000cc com um máximo de quatro cilindros e um diâmetro de cilindro de 81mm – motores a 2-tempos não são permitidos. Um máximo de 5 motores pode ser usado por cada piloto permanente contratado ao longo de todas as corridas da época. A penalização pelo não cumprimento da regra leva o piloto a partir do pit lane 10 segundos após o início da corrida.
A partir de 2014 as equipas que não forem inscritas directamente por um dos principais construtores ou formações satélite serão agrupadas na denominada “classe Open”. Enquanto todas as equipas de fábrica (inscrições MSMA) têm de usar a centraliza padrão da Magneti Marelli com o seu próprio software, a “classe Open”, independentemente da configuração mecânica, competem com hardware e software padrão. Do ponto de vista mecânico, a “classe Open” em 2014 é composta por protótipos (com software Magneti Marelli), chassis protótipo com motores com especificação de fábrica, bem como por motores de produção altamente afinados em chassis protótipo.
Moto2™ - Moto2 - Motor Oficial de Moto2, actualmente fornecido pela Honda. É um motor de 600cc a 4 tempos.
Moto3™- máquinas de 250cc a 4 tempos e um cilindro
Tirando a capacidade e número de cilindros de cada Classe, o tipo de motor é restrito a motores de pistões recíprocos Sem sobre-alimentação ou turbo, enquanto a moto Não pode ter UMA caixa com mais de seis velocidades.
Seguem-se os pesos mínimos permitidos:

MotoGP ™

Atheist 800cc - 150 kg
801 - 1000cc - 160 kg
Moto2 ™ Moto Piloto + 215 kg
Moto3 ™ Moto + Piloto 148 kg
As equipas podem acrescentar lastro às suas motos para atingirem os pesos mínimos, sendo que o peso pode ser verificado no controlo técnico inicial, mas o principal controlo do peso é feito no final das sessões de treinos, ou no final da corrida. Para as classes de Moto2™ e de Moto3™ o peso verificado é o total do piloto com todo o equipamento de segurança, mais o peso da moto.
Em circunstâncias normais, cada equipa de MotoGP™ tem duas motos preparadas para cada piloto para que não haja perdas de tempo no caso de uma moto problemática ter de ser substituída por outra antes do início da corrida, treino, ou qualificação. A época de 2006 assistiu à primeira aplicação da regra 'bandeira-a-bandeira' no Grande Prémio da Austrália, em Phillip Island, com os pilotos de MotoGP™ a trocarem para motos com pneus de chuva a meio da corrida. Na Moto2 e Moto3 os pilotos têm apenas uma moto.

DESIGN DE DEMONSTRAÇÃO

As motos de Grande Prémio são produzidas para ganharem corridas e servirem de montras das capacidades técnicas e de desenho dos respectivos construtores. Assim, as máquinas são construídas a partir de materiais caros, resistentes e muito leves, como titânio a fibra de carbono reforçada e beneficiam de um tipo de tecnologia avançada (travões de disco de carbono, sistemas de gestão do motor, controlo de tracção) que não são usados nas motos de produção.
Com milhões de fãs a verem cada jornada do Campeonato do Mundo, quando as motos estão em pista são também montras de numerosas grande marcas envolvidas nos patrocínios das equipas do MotoGP™. Cada moto apresenta um número de competição na frente e atrás e normalmente conta com as cores e logotipos dos respectivos patrocinadores principais de cada equipa, assim como muitos outros logotipos dos demais patrocinadores das equipas.
Para mais informações sobre as especificações das motos e aspectos técnicos envolvidos na construção de uma moto, visite MotoresEquipas e Construtores

Segurança

Como as máquinas de MotoGP™ podem atingir velocidades superiores a 340 km/h é de vital importância para todos os envolvidos na categoria rainha salvaguardar a segurança dos pilotos.
Em 2002 a FIM começou a preocupar-se com os avanços de design e engenharia que resultaram em velocidades mais elevadas à volta da pista. Com o objectivo de aumentar a segurança foram introduzidas alterações ao regulamento no que toca a peso, limites de combustível e capacidade do motor.

COMISSÃO DE GRANDES PRÉMIOS

A FIM (ver secção Corpos Directivos) criou a Comissão de Grandes Prémios em 2003 após a trágica morte de Daijiro Kato em Suzuka, em Abril desse ano, e com o objectivo de trabalhar na melhoria da segurança em cada circuito do Campeonato do Mundo.
O comité original incluía o antigo companheiro de equipa de Kato, Sete Gibernau, e o também nipónico Nobuatsu Aoki, enquanto no presente inclui Franco Uncini (Oficial de Segurança da FIM), Mike Webb (Director de Corrida), Javier Alonso e Carmelo Ezpeleta (dos organizadores do MotoGP™, Dorna).
Loris Capirossi (Conselheiro de Segurança do MotoGP), apesar de membro do comité, desempenha um papel indirecto nos procedimentos, dando a sua opinião de especialista ao longo da época.
A Comissão de Segurança reúne-se em cada Grande Prémio para avaliar propostas a quaisquer alterações que possam ser feitas nos respectivos circuitos para melhorar a segurança. As suas recomendações podem incluir adaptações do desenho da pista, alterações às zonas de extensão de asfalto, alargamento das escapatórias de gravilha, alterações às barreiras de segurança e paredes de pneus, melhorias das instalações médicas e acessibilidades e outras medidas de segurança.
No dia antes de cada Grande Prémio a Comissão de Segurança da FIM verifica a pé cada centímetro dos respectivos circuitos, antes de repetirem a verificação de carro em cada manhã do fim-de-semana de Grande Prémio – antes das sessões de treinos ou corridas.
Os oficiais de segurança acompanham depois todos os treinos livres, sessões de qualificação e corridas através dos monitores de televisão no Centro de Direcção de Corrida nos seus papeis de elementos da Direcção de Corrida – corpo que observa cada corrida e que pode impor penalizações desde um aviso à suspensão ou exclusão cada alguma regra específica de segurança seja violada (ver secção Principais Regras).

SAFETY CAR

Enquanto isso, o início de cada corrida é acompanhado de perto pelo Safety Car Oficial, fornecido pela BMW, parceiro oficial do MotoGP™.
O Safety Car lidera os pilotos na volta de reconhecimento, durante a qual o condutor do Safety Car inspecciona o estado da pista uma última vez antes de se dar início à corrida, confirmando que não há óleo, combustível ou outro tipo de sujidade na pista e está em comunicação constante com a Direcção de Corrida para o caso de algo requerer a sua atenção.
Assim que a volta de reconhecimento está concluída o Safety Car assume a sua posição no final da grelha e segue os pilotos durante a primeira volta da corrida, observando de perto tudo o que se passa à sua frente uma vez que na primeira volta os pilotos seguem ainda muito juntos e há uma maior probabilidade de colisões. Quando, por exemplo, se deu o acidente com vários pilotos no Grande Prémio da Catalunha de 2006 o Safety Car deu assistência imediata e instruções, relatando desde o local do incidente tudo o que se estava a passar.
Assim que a primeira volta é concluída, o Safety Car só volta a aparecer em caso de uma interrupção da corrida por acidente ou chuva, caso em que os pilotos também têm de respeitar os sinais de segurança que lhes são apresentados à volta do circuito (ver secção Bandeiras e Luzes). Os pilotos também estão conscientes que, se vierem o Safety Car na pista sem ser na primeira volta, têm de rodar com cuidado e não podem ultrapassar.

REGRAS DE SEGURANÇA ESPECÍFICAS

Juntam-se ainda algumas regras específicas que regulam elementos das equipas e pilotos para garantir a segurança – a deles e a dos demais concorrentes:
  • - Os pilotos têm de rodar de forma responsável que não provoque perigo para os demais concorrentes ou participantes, seja dentro da pita ou no pit lane.
  • - Se um piloto detectar um problema na sua moto do qual resulte a sua desistência do treino ou corrida, então não deverá tentar dar a volta ao circuito a baixa velocidade para voltar às box, deve antes sair da pista e parar a sua moto num local seguro indicado pelos comissários. Para na pista durante os treinos ou corridas é proibido.
  • - Os pilotos não podem rodar, nem empurrar as suas motos no circuito em direcção oposta à da corrida – seja na pista, ou no pit-lane – a menos que o façam sob a direcção de um oficial.
  • - O limite de velocidade no pit-lane é, a todo o tempo, de 60 km/h e qualquer piloto que ultrapasse este limite durante a corrida será penalizado com uma passagem pela via de boxes (ver secção Principais Regras).
  • - O número máximo de pessoal da equipa por piloto na área de trabalho em frente das boxes está limitado a oito para o MotoGP™ e a seis para as classes de Moto2™ e Moto3™.


Capacetes

É impensável ver um piloto do MotoGP™ em pista sem o mais básico dos equipamentos de segurança – um bom capacete. Os capacetes do MotoGP™, bem como as botas, fato, luvas e protecções de peito e costas, são desenvolvidos de acordo com os mais elevados padrões de segurança e com a mais recente tecnologia.
Num desporto onde os participantes pode superar velocidades de 340 km/h, e onde as quedas são uma ocorrência regular, é da mais elevada importância garantir que os concorrentes do Campeonato do Mundo contam com equipamento de segurança fiável.

ESTRUTURA BÁSICA

Os capacetes de competição têm a mesma estrutura base dos capacetes de estrada e as diferenças dependem das necessidades de cada piloto em termos de conforto, forma e tamanho. Os acessórios internos também podem variar, dependendo muitas vezes das condições climatéricas.
Para os fabricantes de capacetes, o Campeonato do Mundo de MotoGP™ – com a sua exposição global a milhões de adeptos – é uma excelente forma de comercializarem os seus produtos, enquanto os dados recolhidos juntos dos pilotos os ajudar a melhorar os capacetes que vendem ao público.
A maior parte dos pilotos têm, pelo menos, quatro capacetes com eles em cada evento, um preparado especificamente para chuva e modificado para evitar o embaciamento; os capacetes de reserva são sempre necessários caso o principal fique danificado.

DESENHOS COLORIDOS

Além de protegerem a vida dos pilotos, os capacetes que usam são elemento chave do equipamento dos pilotos que estes usam para expressar a sua criatividade. Muitos pilotos apresentam desenhos arrojados e coloridos nos seus capacetes, reflectindo as suas personalidades e gostos.
As distintas cores e a clareza de cada um dos respectivos números de competição ou nome dos pilotos no capacete são essenciais para a correcta identificação por parte de todos, desde os oficiais de prova e equipas, aos comentadores e fãs.
Os desenhos e designs com que os pilotos personalizam os seus capacetes podem reflectir o seu carácter, apresentar as suas mascotes favoritas e cores nacionais, ou até mesmo enviar mensagens aos fãs, familiares, amigos e rivais. O famoso Aldo Drudi desenhado nos capacetes AGV de Valentino Rossi faz parte do folclore das corridas com o desenho a ser renovado praticamente a cada duas semanas, enquanto os seus rivais também apresentam desenhos únicos, como a edição "Easy Rider" de Nicky Hayden, ou a "Green Mamba" de Jorge Lorenzo. Os capacetes também contam com o nome do fabricante e de alguns patrocinadores das equipas, o que fazem deles uma explosão de cores.

PRINCIPAIS ELEMENTOS

É claro que o principal objectivo do capacete é proteger a face e cabeça dos pilotos em caso de queda. No que toca às especificações técnicas os principais elementos que afectam o design dos capacetes são a aerodinâmica, conforto, segurança, visibilidade e peso.
Os materiais usados para a produção dos capacetes têm de ser leves, mas também muito resistentes ao impacto. Quanto mais leve e mais confortável for o capacete em volta da cara do piloto melhor ele se sentirá. A forma e aerodinâmica devem permitir a entrada de ar de forma eficiente, enquanto um bom sistema de ventilação e interior bem construídos permitem que o piloto respire, ouça e veja correctamente.
Os capacetes são compostos por quatro partes: estrutura externa, acolchoamento interno, viseira e sistema de aperto.
Para o exterior são combinados materiais como fibra de vidro, carbono, Kevlar e poliuretano para produzirem uma protecção que dissipe energia após uma colisão, evitando a transferência do impacto para a cabeça. Os construtores levam a cabo rigorosos testes de colisão, incluindo a utilização de martelos, para avaliarem a força das camadas exteriores.
O acolchoamento e revestimento interior é também muito importante para a protecção da cabeça e o material de amortecimento usado tem de ser bem colado à estrutura exterior e também ser feito à medida das características faciais e da cabeça do piloto, como as sobrancelhas, nariz e maxilar. A acústica também é importante para o piloto poder ouvir a sua moto e daqueles que estejam perto de si, pelo que os capacetes têm características especiais para permitirem o correcto nível de som.

Viseira

As viseiras na frente dos capacetes são construídas com plásticos tratados de forma especial e servem dois objectivos. O primeiro é proteger o piloto de objectos no ar, como insectos, pingos de chuva, detritos da pita ou de outras motos e, por vezes, até mesmo de pássaros. A segunda função é evitar o embaciamento, especialmente em condições de chuva ou forte humidade, algo que conta com a ajuda de sistemas de ventilação de alta tecnologia que os fabricantes instalam nos capacetes.
Mesmo com a melhor tecnologia de ventilação os pilotos vão sempre transpirar, pelo que muitos usam secadores de capacetes para reduzirem a humidade do interior dos mesmos durante as paragens, ou após as sessões.
Finalmente, o sistema de aperto tem de ser totalmente à prova de falha – mantendo o capacete no sítio exacto e sem desconforto.
Os seguintes fabricantes de capacetes têm presença regular no Campeonato do Mundo de MotoGP™: AGV, Airoh, Arai, HJC, Nolan, Scorpion, Shark, Shoei, e X-Lite.

Curingas

As participações de wild cards são regulares em cada uma das três categorias do MotoGP™ e são um elemento extra para as emoções dos Grandes Prémios.
No início de cada fim-de-semana de corridas os nomes dos pilotos habituais, contratados por cada equipa, são apresentados na lista de inscritos do evento e, por vezes, são acompanhados de nomes extra conhecidos como wild cards.
Muitas vezes, estes pilotos convidados são do país onde se disputa o Grande Prémio e são uma forma de dar oportunidade de aumentarem a sua anterior experiência numa pista que já conhecem, mas agora num ambiente mais competitivo; tudo isto beneficiando do apoio do público da casa, o que contribui por destacar os seus nomes por competirem entre elite mundial. Na verdade, nas classes mais pequenas em particular, o sistema de wild cards é um forma útil de dar aos jovens locais a sua estreia nos Grandes Prémios em pistas com as quais estão familiarizados.
No que toca às equipas, dar a um piloto uma participação wild card pode destacar ainda mais a representação do construtor em ‘casa’ ou num Grande Prémio importante, o que permite a cada equipa recolher mais dados ao longo do fim-de-semana e ficar com uma ideia mais clara das capacidades do piloto em causa se estiverem a pensar recrutá-lo de forma permanente. Contudo, as entradas wild card não podem somar pontos para o Campeonato do Mundo de Equipas.
Regras sobre as entradas wild card São as seguintes:
Wild cards de Moto2 e Moto3:
Cada classe pode ter um máximo de duas participações wild card. Os wild cards podem ser propostos por uma FMN, pela FIM ou Dorna. Os participantes wild card têm de ser detentores de uma licença FIM de “um evento de Grandes Prémios de Velocidade” emitida em nome de qualquer FMN e as inscrições têm de ser apresentadas à FIM, no formulário oficial de inscrição da FIM, pelo menos 45 dias antes do evento.
Wild cards de MotoGP:
As participações wild card podem ser no máximo duas. Os wild cards podem ser propostos por uma FMN, FIM, MSMA ou Dorna. Os wild cards têm de ser detentores de uma licença FIM de “um evento de Grandes Prémios de Velocidade” emitida em nome de qualquer FMN.
As participações de wild cards têm lugar ao longo de toda a época do MotoGP™, mas são mais comuns em Grandes Prémios em Itália, Japão e Espanha devido à influência das equipas, patrocinadores e construtores – assim como dos jovens talentos em cada uma dessas nações.
O Grande Prémio do Japão em particular já catapultou muitos wild cards para o estrelato ao dar-lhes a oportunidade de demonstrarem as suas capacidades no palco Mundial.
Umas das mais memoráveis prestações na era moderna do Campeonato do Mundo por parte de um wild card foi a do agora infelizmente falecido Norick Abe no Grande Prémio de Suzuka de 1994. Com apenas 19 anos Abe fez os cabeçalhos da imprensa ao rodar de forma destemida enquanto lutava com nomes como Mick Doohan e Kevin Schwantz antes de cair a poucas voltas do final da corrida.
A prestação valeu a Abe um lugar a tempo inteiro na Marlboro Yamaha de Kenny Roberts e só dois anos mais tarde conquistou a primeira vitória em Suzuka, tornando-se num herói nacional duranto o processo, pois foi o primeiro japonês a vencer uma corrida do Campeonato do Mundo desde 1982. Abe acabou por falecer num acidente de viação em 2007.
O falecido Daijiro Kato também começou como wild card. A Lenda do MotoGP™ surpreendeu o mundo quando terminou em terceiro nas 250cc no Grande Prémio de Suzuka de 1996, vencendo depois as corridas das quarto de litro nessa mesma pista em 1997 e 1009, cada uma das vezes como wild card. Na verdade, a corrida de 1998 ele terminou à frente de outros dois wild cards nipónicos, Shinya Naknao e Naoki Matsudo; a única vez em que um pódio de Grande Prémio foi dominado por pilotos wild card.
Não é só no Japão que os wild cards se destacam tanto. O italiano Stefano Bianco fez história na primeira corrida de 2000 em Phillip Island ao tornar-se no mais jovem estreante de sempre no Campeonato do Mundo com 15 anos e dois dias de idade. Ele ainda detém o recorde da mais jovem participação de sempre como wild card, mas Jorge Lorenzo tornou-se no mais jovem piloto de todos os tempos a estrear-se no Mundial com 15 anos e um dia de idade quando entrou para a categoria de 125cc a tempo inteiro em 2002.
Enquanto isso, uma das actuais estrelas das categorias mais baixas, Pol Espargaró, fez história como wild card no GP da Catalunha de 2006 ao terminar em 13º, tornando-se no mais jovem piloto de sempre a somar pontos num Grande Prémio com 15 anos e oito dias de idade. Ele participou depois nos últimos seis Grandes Prémios de 2006 e a partir de 2007 passou a correr a tempo inteiro no Campeonato do Mundo.

Motores

Há muita linguagem técnica para descrever os motores que equipam os protótipos com que os pilotos participam no Campeonato do Mundo de MotoGP™, mas a maior parte dele é fácil de compreender se explicado de forma simples, mesmo se a maquinaria for tecnologicamente avançada e de natureza complexa.

DEFINIÇÕES

2-tempos e 4-tempos – os motores a 2-tempos dominaram o Campeonato do Mundo até à introdução da classe de 990cc a 4-tempos em 2002, reflectindo as tendências de produção, com as motos a 2-tempos a serem uma escolha popular da década de 60 à de 90.
Se os motores a 2-tempos provaram ser mais potentes que os 4-tempos com capacidades de motor e rotações similares, os blocos a 4-tempos têm mais eficiência energética e são mais verdes. Isto deve-se aos 4-tempos terem um sistema de lubrificação dedicado, enquanto os 2-tempos queimam uma mistura de óleo e gasolina.
Com a maior parte dos construtores a mudarem a produção para máquinas maiores com motores a 4-tempos, a mudança para protótipos com o mesmo tipo de bloco revelou-se natural.
A principal diferença entre os dois tipos de motores reside no processo de combustão: 4- tempos refere-se aos movimentos de admissão, compressão, combustão e exaustão que têm lugar durante duas rotações da cambota por cada ciclo de funcionamento.
A combustão interna dos motores a 2-tempos é diferente dos 4-tempos dado completar o mesmo processo em apenas dois movimentos do pistão.
Motores de um, dois, quatro e seis cilindros – Enquanto os regulamentos técnicos restringem o Campeonato do Mundo de Moto3™ a motores de um cilindro e a Moto2™ ao Motor Oficial, as máquinas do MotoGP™ puderam apresentar blocos de um a seis cilindros até 2012, ano em que foi introduzida a limitação a motores de quatro cilindros com um um diâmetro de 81mm por cilindro.
De acordo com os regulamentos da FIM, o número de cilindros dita o peso mínimo da moto, podendo ser acrescentado balastro para se chegar a esse mesmo peso. Devido à prestação do cilindro e ao rácio peso/potência, todos construtores de MotoGP™ optaram por usar quatro cilindros mesmo antes da introdução dessa regra.
Contudo, estes motores apresentam-se de formas diferentes, com alguns fabricantes, como a Ducati, Aprilia e Honda, a escolherem a arquitectura V4, enquanto Yamaha, BMW e Kawasaki desenvolveram blocos de quatro cilindros em linha.
Com os V4 os cylinders e pistons estão alinhados separadamente uns dos outros, assumindo uma forma de ‘V’ de um ângulo a partir do crankshaft axis. Esta configuração reduz a altura total, comprimento e peso do motor quando comparado com os blocos equivalentes com configuração straight engine.
A escolha da arquitectura do motor tem muito a ver com a filosofia de desenho e herança do construtor, bem como com a transferência de peso e objectivos em termos de fiabilidade da moto.
Enquanto isso, os termos 250cc (Moto3&trade), 600cc (Moto2&trade) e 1000cc (MotoGP&trade) usados para descrever as três actuais categorias do Campeonato do Mundo referem-se simplesmente à capacidade do motor, ou cubicagem da máquina.

DESENVOLVIMENTO AO LONGO DOS TEMPOS

A maior alteração na categoria rainha ao longo dos anos foi a mudança das 4-tempos para as 2-tempos e o regresso às 4-tempos em 2002, reflectindo a necessidade de progressos técnicos e inovação do próprio desporto – mantendo-se a par do desenvolvimento das motos de produção.
Nos primeiros tempos do Campeonato do Mundo a categoria rainha era dominada pelas máquinas a 4-tempos da maior parte dos construtores europeus. Os primeiros motores a 4-tempos grandes, pesados, requeriam muita manutenção e nunca se revelaram muito fiáveis.
Ao longo dos anos 60 os fabricantes nipónicos como a Suzuki e Yamaha começaram a fazer a sua presença sentir-se nas categorias mais baixas com máquinas a 2-tempos. Os mais leves blocos de 2-tempos apresentavam mais possibilidades de afinação e eram vistos como o futuro do desporto.
Apesar da década de 70, e até mesmo a de 80, ter testemunhado um período de mudanças técnicas que permitiram a presenças de motos privadas nos Grandes Prémios, foi a força da engenharia e iniciativa nipónicas que acabaram por oferecer as ferramentas mais competitivas.

O APARECIMENTO DAS 2-TEMPOS

Com os nipónicos a ganharem força de forma gradual na tecnologia a 2-tempos, as 4-tempos perderam força em algumas épocas enquanto as 500cc de quatro cilindros a 2-tempos ficaram disponíveis no marcado desde o Japão.
Com as 2-tempos a tornarem-se mais fiáveis e potentes, os motores deram mais ênfase ao resto da moto e a evolução arrancou a ritmo rápido na década de 80. Pneus, suspensões, aerodinâmica e até mesmo chassis foram alvos de muitos desenvolvimentos.
No início dos anos 90 as velocidades atingiram um pico no MotoGP. Leves, ágeis e extremamente difíceis de pilotar, as 500cc estavam mais rápidas que nunca com as marcas nipónicas, que dominavam a categoria rainha, a darem tudo para levarem as suas montadas aos limites. Em 1992 surgiu um grande avanço quando a Honda começou a experimentar uma revisão da sequência de combustão da sua conquistadora NS500.

BIG BANG EO SCREAMER

Denominado 'Big Bang', o revisto sistema de cambota colocou o ênfase mais na aceleração, que não velocidade de ponta e Mick Doohan dominou a classe com a nova moto. A Honda também produziu uma versão V-twin da sua moto de quatro cilindros que ajudou os privados a manterem-se competitivos contra as motos de fábrica e, pela primeira vez, o ênfase técnico recaiu mais sobre a velocidade em curva que na potência pura; algo que, até certo ponto, ainda se mantém hoje em dia no MotoGP™.
Nos finais de 90 Doohan teve de regressar ao motor mais ‘duro’ na busca por mais velocidade. Alcunhado de ‘Screamer’, este e a versão ‘Big Bang’ da NS500 venceram Campeonatos do Mundo de 1994 a 1999.
Em 2000 a Suzuki desfrutou dos últimos momentos de glória da RGV 500 a 2-tempos; uma moto desenvolvida a partir da predecessora que tinha dominado a classe no final dos anos 70, inícios dos 80.
4 tempos de 990cc, 800cc e 1000cc
Com a tecnologia das 2-tempos a ter atingido o topo, os melhorados motores a 4-tempos marcaram o caminho do futuro. O panorama do MotoGP™ mudou em 2002 para garantir que há uma evolução tecnológica continua e as 990cc a 4-tempos puderam competir com as 500cc a 2-tempos. As 4-tempos mostraram-se desde logo competitivas, e em 2003 não havia uma única 2-tempos na grelha. As seis épocas que se seguiram levaram a impressionante aceleração nas possibilidades técnicas com estruturas de cilindros e quantidades variadas, telemetria, recolha de dados e mapeamento de motor manualmente ajustável.
O MotoGP é agora uma competição muito evoluída e com grande base científica, com o controlo de tracção e electrónica a desempenharem papel importante na entrega de potência e no ajuste do equilíbrio da moto para que se possível tirar o melhor partido da prestação do motor.
A categoria de MotoGP™ viu a capacidade do motor ser reduzida de 990cc para 800cc em 2007 com o objectivo de reduzir a velocidade. As velocidades se mantiveram na mesma, o que foi conseguido graças ao tamanho e dinâmica do motor que colocou mais enfoque na velocidade em curva da maquinaria, por oposição à potência bruta das 990cc.
Indo ao encontro da política de redução de custos, as restrições de motor foram introduzidas a partir de 2009. Em 2010 foi introduzida uma regra que limita o número de motores ao dispor dos pilotos a seis por época. Limitar o número de motores significa que os construtores têm de produzir blocos mais fiáveis, o que leva à redução da potência e de regime e, como tal, à redução geral das melhorias de prestação das motos.
A mudança para a fórmula de 1000cc em 2012 foi acompanhada de mais uma série de restrições que as que estavam em vigor na era das 990cc. O número de cilindros foi limitado a 4 e o diâmetro máximo do cilindro é de 81mm para motos com um peso mínimo de 160 kg.

CATEGORIAS MAIS BAIXAS

As antigas classes de 125cc e 250cc eram disputadas com motores a 2-tempos e foram o berço das 2-tempos. Marcas como Derbi, Kreidler e Bultaco competiram nas 50cc, 80cc e 125cc com blocos a 2-tempos nos anos 60 e as 2-tempos dominaram as 350cc.
Fora da categoria rainha as 2-tempos permitiram meios de competição mais efectivos em termos de custos e com maior competitividade. As 2-tempos prosperaram com a carburação e afinação a tornarem-se tarefas muito especializadas que levaram vários engenheiros do paddock dos Grandes Prémios a tornarem-se grandes nomes ao longo dos finais dos anos 70 e nos anos 80 e 90.
Hoje em dia é tida como aceite a ideia de que o limite da tecnologia das 2-tempos foi atingido em todas as classes, pelo que 2012 foi a alvorada de uma tecnicamente relevante nova era, com motos a 4-tempos a comporem as grelhas das três categorias do campeonato.
A classe de Moto2™ substituiu a categoria de 250cc a partir de 2010. As motos são dotadas de motores Honda de 600cc a 4-tempos que produzem cerca de 140cv, com chassis protótipo livre de limitações de desenho e construção.
A categoria de 125cc foi substituída pela Moto3™ em 2012. Tratam-se de motores de um cilindro a 4-tempos produzidos por qualquer fabricante, com a rotação da cambota limitada e 14.000rpm e uma ECU spec.

Combustível

O combustível é essencial a qualquer moto da grelha do MotoGP™, de tal forma que cada equipa do MotoGP™ trabalha em grande proximidade com petrolíferas para garantir que usam o tipo de combustível correcto e, é claro, a quantidade necessária. Todas as motos têm de ser abastecidas com gasolina sem chumbo.
Marcas como Elf, Shell, eni e Repsol fornecem as equipas com combustível e a sua eterna busca é a melhor prestação possível através dos mais baixos níveis de consumo e peso.

NOVA ERA

Em 2002, com o objectivo de aumentar a segurança, foram introduzidas as alterações ao regulamento no que toca ao peso, combustível disponível e capacidade do motor. A redução do combustível disponível ao longo da distância da corrida exige um motor que funcione de forma mais eficiente ou seja, que reine em termos de potência. O regulamento que permitia um limite de combustível de 26 litros foi introduzido em 2004, com esse mesmo limite a ser reduzido de forma gradual ao longo da década. A partir de 2007 a FIM limitou a capacidade do depósito de combustível a 21 litros para a classe de MotoGP™, com o ano de 2014 a assistir a uma redução para 20. A denominada “classe Open” conta com um limite de 24 litros.
A distância das corrida varia de circuito para circuito e as exigências de determinado traçado podem significar maior consumo de combustível por parte das motos que noutras pistas de perímetro similar. As equipas podem avaliar o consumo durante a qualificação e treinos livres para garantirem a quantidade necessária no depósito para o início da corrida – isto porque, é claro, rodar com mais combustível que o necessário pode representar fracções de segundo que podem levar a perder a corrida.
Na qualificação é frequente ver os melhores tempos surgirem no final da sessão, altura em que o piloto está ao seu melhor nível, os pneus oferecem o máximo de aderência e – depois de terem consumido a maior parte do combustível – uma menor quantidade de gasolina possibilita rodar ao melhor nível.
O combustível produzido pelas várias petrolíferas é adaptado especificamente para as corridas. O produto final é apenas um pouco diferente daquele que é usado pelo público em geral, mas a sua utilização tem de ser aprovada pela FIM.
Os componentes são 99% iguais aos dos combustíveis usados na estrada, mas o fornecedores podem alterar os níveis dos vários elementos que compõem o combustível para garantirem que estão a usar a melhor mistura de anti-oxidantes, detergentes, modificadores de fricção, etc, para melhorar a eficiência.

LUBRIFICANTE

Além do combustível, os fornecedores de lubrificantes facultam às equipas óleos de motor alterados para as corridas para lubrificarem e, assim, reduzirem a fricção, o que produz melhor economia de combustível. Por seu lado, isto significa que a moto pode rodar com o mínimo de combustível possível.
Os lubrificantes de combustível têm por base produtos normais, tal como acontece com o combustível, se bem que os produtos de competição variam mais quando se fala de lubrificantes do que em relação aos combustíveis. O óleo tem de lubrificar constantemente as peças móveis do motor, da caixa de velocidades e, é claro, da embraiagem em si, que, inevitavelmente, aquecem muito em pista. Quanto mais eficiente é o lubrificante menor é o combustível consumido e melhor é a prestação da moto, o que dá ao piloto maiores possibilidades de vencer.

Cobertura Mediática

Na última década a grande evolução do MotoGP™ levou ao aumento do já grande grupo de adeptos do desporto, com todos os eventos a proporcionarem emoções fortes – o que é ideal para espectadores, canais de TV e patrocinadores de todo o mundo.
A combinação de espectaculares ultrapassagens, impressionantes velocidades em curva, acelerações cheia de adrenalina, público apaixonado, corridas absolutamente competitivas e grandes celebrações que definem a elite do motociclismo fazem com que o interesse do desporto e o número das audiências cresçam de ano para ano.
Há mais de 200 países e territórios que recebem as transmissões dos Grandes Prémios em directo, ou em diferido no mesmo dia, com a cobertura a chegar a mais de 337 milhões de casas em todo o mundo. Centenas de milhões de espectadores desfrutam do MotoGP™ em directo em cada fim-de-semana de corridas, com um total de mais de 13.000 profissionais da comunicação social a marcar presença nos Grandes Prémios ao longo da temporada.
A atracção do MotoGP™ é óbvia. Em traçados como Assen, Barcelona, Silverstone, Indianapolis, Jerez, Le Mans, Mugello, Phillip Island, Sachsenring e Valencia são mais 100.000 os espectadores que marcam presença ao longo do fim-de-semana e alguns dos circuitos chegam mesmo a duplicar esse número, dando ainda mais ênfase à paixão em volta do desporto.
As emoções do MotoGP™ são transmitidas em directo para todo o mundo graças a uma grande equipa de produção televisiva que orquestra mais de 20 câmaras à volta da pista, duas micro-câmaras a bordo de cada moto de MotoGP™ que captam cada ângulo do piloto e da sua maquinaria em acção, câmaras de alta velocidade que funcionam a 2.000 frames por segundo e câmaras de alta frequência no pit lane e nos helicópteros.
A Dorna Sports, que administra e organiza o MotoGP™ e é a detentora dos direitos televisivos e a produtora, também oferece aos canais de televisão de todo o mundo uma variedade de produtos, incluindo resumos e vídeos editados em vários formatos e durações, padrão ou feitos por encomenda. O serviço inclui extensa cobertura das actividades fora de pista durante os fins-de-semana de Grandes Prémios e no defeso. A Dorna garante sinais de satélite unilaterais e bilaterais para todos os cantos do mundo.

Pontos

Pilotos e Construtores (fabricantes) competem para os respectivos Campeonatos do Mundo de Grandes Prémios de Velocidade da FIM. Enquanto isso, as Equipas competem para o Campeonato de Equipas de MotoGP™, que é diferente do Campeonato de Construtores uma vez que há diferentes formações a competirem com máquinas do mesmo construtor, como é o caso da Yamaha Factory Racing e da Tech 3 Yamaha.
Para os pilotos, os pontos que contam para o seu total no Campeonato do Mundo são os que somarem em cada corrida. Para os Construtores só a moto melhor classificada de cada Construtor somará pontos de acordo com a posição que ocupar na corrida.
As equipas na classe de MotoGP™ são normalmente compostas por dois pilotos. Todos os pontos somados pelos dois pilotos da Equipa, incluindo substitutos, contam para o Campeonato de Equipas. No caso de Equipas de um só piloto apenas os pontos somados por este são contabilizados para o Campeonato de Equipas. Os pilotos wild card não somam pontos para a Equipa.
Em cada corrida serão atribuídos pontos de acordo com a seguinte escala:
  • 1st 25 pontos
  • 2nd 20 pontos
  • 3rd 16 pontos
  • 4th 13 pontos
  • 5th 11 pontos
  • 6th 10 pontos
  • 7th 9 pontos
  • 8th 8 pontos
  • 9th 7 pontos
  • 10th 6 pontos
  • 11th 5 pontos
  • 12th 4 pontos
  • 13th 3 pontos
  • 14th 2 pontos
  • 15th 1 ponto
Os resultados de todas as corridas contam para a classificação do Campeonato (este nem sempre foi o caso já que, por exemplo, chegaram a contar apenas os seis melhores resultados de uma época de dez corridas).
No caso de um empate no número de pontos, a posição final será decidida com base no número de melhores resultados (número de primeiros lugares, número de segundos lugares, etc.). No caso de, ainda assim, haver um empate, a data do Campeonato em que o melhor resultado foi obtido será tida em conta como elemento de desempate com o resultado mais recente a ter precedência.

Testes

Os testes às máquinas do MotoGP é absolutamente crucial para o processo de preparação das equipas envolvidas nas três categorias do MotoGP.
As sessões de testes agendados para circuitos designados em várias partes do mundo permitem às formações avaliar as novas motos, recolher importantes dados de prestação, informações sobre traçados específicos, testar novos pneus, levar a cabo simulações de corridas, estudar novas afinações e resolver problemas com as motos.
Para os pilotos os testes também lhes permitem acostumarem-se às novas motos, ganhar experiência de pilotagem nos circuitos designados, melhorar ou manter os níveis de forma e acostumarem-se com os novos companheiros de equipa caso tenham trocado de formação recentemente.

TESTES DE INVERNO

Além dos testes após Jerez, Catalunha e da República Checa, a pré-época é um importante período de testes para as equipas. Há um interdição de acção em pista de quase dois meses para as equipas de corridas durante todo o mês de Dezembro e grande parte de Janeiro, mas os meses de Novembro, Fevereiro e Março são períodos vitais para o desenvolvimento do MotoGP™.
Valência (após a última corrida do ano), Sepang (Malásia), Qatar e Jerez (Sul de Espanha) são palcos regulares de testes oferecendo vários desafios e exigências aos pilotos.
Na verdade, a selecção dos palcos dos testes por parte da IRTA e da Dorna (veja a secção Corpos Directivos) é feita para dar às equipas e fornecedores de pneus uma boa variedade em termos de desenhos das pistas e as localizações têm por objectivo oferecer bom tempo – os treinos afectados pela chuva geralmente não são tão úteis às equipas como as sessões no seco.

REGULAMENTOS

Há importantes regras aplicam-se aos testes:
A 'Época' é definida como o período que vai do dia após a última corrida do ano e a noite após a última corrida do ano, ambas as datas incluídas. A Época não inclui as 'Paragens'. Uma Paragem é definida por dois fins-de-semana consecutivos sem eventos marcados. O período de Paragem estende-se das 09h00 do quarto dia após o Grande Prémio até ao Grande Prémio seguinte.
O “Inverno” é considerado como sendo o resto do ano, i.e. começa cinco dias após a última corrida da época e termina 14 dias antes da primeira corrida da época seguinte, ambas as datas incluídas. O Inverno não inclui a “Pausa”. A Pausa é um período que tem início a 1 de Dezembro de um ano e termina a 31 de Janeiro do ano seguinte, ambas as datas incluídas.

Regulamentos de Testes — Classe de MotoGP

O total de testes permitido a motoristas contratados está limitado a:
  • Um teste oficial de três dias num circuito europeu entre o último evento e 30 de Novembro.
  • Três testes oficiais de três dias no período entre 1 de Fevereiro e o primeiro evento da época.
  • Um máximo de três testes, cada um de um dia, numa segunda-feira após eventos designados pela Dorna/IRTA na Europa.
  • Qualquer actividade autorizada pela Direcção de Corrida.
  • Não são permitidos testes entre 1 de Dezembro e 31 de Janeiro, ambas as datas incluídas.
  • Os pilotos de testes, e não os pilotos contratados, continuam a poder testar para efeitos de desenvolvimento em qualquer altura e em qualquer circuito usando a "distribuição de pneus de testes" disponíveis para cada equipa.

Regulamentos de Testes – Classes de Moto3 e Moto2

As classes de Moto3 e Moto2 têm os seguintes regulamentos de testes:
  • Em qualquer circuito, com qualquer piloto, entre o último GP e 30 de Novembro.
  • Três testes oficiais de pré-época, mas apenas com pilotos oficiais contratados, em circuitos nomeados pela Dorna/IRTA na Alemanha.
  • As equipas podem também designar um circuito de GP e um circuito não GP onde podem testar em qualquer altura de 1 de Fevereiro em diante e com qualquer piloto, mas não no período de 14 dias que antecede um evento a disputar nesse circuito.
  • As equipas podem também participar em testes levados a cabo nas segundas e/ou terças-feiras após eventos disputadas na Europa quando esses dias não são necessários para testes da classe de MotoGP.
  • Qualquer actividade autorizada pela Direcção de Corrida.
  • Não são permitidos testes entre 1 de Dezembro e 31 de Janeiro, ambas as datas incluídas.


Equipas & Construtores

Definir uma 'típica' equipa do MotoGP™ não é fácil, mas as formações de Grandes Prémios por norma consistem em investidores, pessoal da direcção, pessoa administrativo, assessores de imprensa, um grupo de mecânicos e, é claro, os pilotos.
As equipas da classe de MotoGP™ são normalmente compostas por um ou mais pilotos, normalmente dois, e, tal como acontece com os pilotos e construtores (fabricantes), as formações competem para o seu próprio título de Campeã do Mundo. Todos os pontos somados pelos dois pilotos de uma equipa, incluindo pilotos substitutos, mas excluindo wild cards, contam para o título de Campeã do Mundo de Equipas – que é atribuído em cada ano no final da época nos Prémios de MotoGP™.

NOMES DAS EQUIPAS

Os nomes oficiais das equipas são compostos por três elementos: o nome do construtor da moto ou do motor, o nome da equipa e/ou o nome do patrocinador principal.
Os patrocinadores desempenham papel fundamental no apoio à formação, já que são eles que ajudam a cobrir custos como taxas administrativas, leasing das motos, seguros, deslocações e salários do pessoal. Por seu turno, as equipas oferecem aos patrocinadores exposição mundial através dos meios de comunicação e em associação com um dos mais populares e emocionantes desportos do mundo.
Todas as equipas são membros da IRTA (International Road Racing Teams Association), uma organização formada em 1986 para representar os participantes dos Grandes Prémios com uma voz colectiva. A organização trabalha ao lado da FIM e da Dorna (ver secção dos Corpos Directivos) para manter os elevados padrões no MotoGP™ e para melhorar o desporto no seu todo.

DEFINIÇÕES

As equipas que competem no MotoGP™ variam muito em termos de orçamento disponível e de estrutura de pessoal, das equipas de 'fábrica', às 'satélite' e ás inscrições da "Classe Open" que participam nas três classes do Campeonato do Mundo de MotoGP™.
Tal como o nome sugere, as equipas de fábrica são as que contam com ligação mais próxima ao fabricante que representam. Formações com a Repsol Honda são verdadeiras montras do MotoGP™ para a 'marca' e os entusiastas do motociclismo em todo o mundo não podem ser maus para as vendas.
Enquanto isso, as formações privadas podem também ter ligações próximas com os construtores que lhes fornecem a maquinaria, mas os seus níveis de colaboração com a fábrica varia de caso para caso – com algumas formações a serem totalmente independentes das fábricas. Algumas equipas privadas fazem leasing das suas motas aos construtores e beneficiam de apoio técnico directo e do fornecimento de peças das fábricas em função dos acordos estabelecidos. Para as fábricas, as respostas destas equipas também é de grande importância para o desenvolvimento de maquinaria de corridas competitiva.
Enquanto isso, muitas equipas privadas das três categorias são operadas de forma totalmente independente das fábricas, mas alugam as motos aos fabricantes – A LCR Honda MotoGP Team faz isto na classe de MotoGP™.
Equipas a competir sob os regulamentos da “Classe Open” são formações independentes que beneficiam de regras menos restritivas no que toca ao total de motores permitidos por época e contam com maior limite de combustível. A maquinaria pode variar muito, desde motos produzidas especialmente para as corridas e que se assemelham a protótipos, a chassis independentes com motores de especulação de GP, ou de estrada com elevada afinação. Contudo, as equipas da “Classe Open” correm com software padrão da Magneti Marelli.

CONSTRUTORES

Os construtores são:
MotoGP ™ :
Ducati, Honda e Yamaha como Construtores Oficiais. As inscrições da “classe Open” incluém FTR, Suter, ART (Aprilia), PBM.
Moto2 ™ :
FTR, Motobost, Moriwaki, Motobi, Kalex, Speed ​​Up, Suter, Tech3 e Caterham.
Moto3 ™ :
Honda, KTM, Mahindra, Kalex, FTR, Suter, TSR e Husqvarna.

Pneus

Uma das coisas mais fantásticas do Campeonato do Mundo de motociclismo é a forma como tem lugar a transferência da fenomenal potência das motos através de uma área de contacto do pneu com o solo pouco maior que a área de um cartão de crédito.
Em comparação com carros de corridas, os pneus usados nas competições de quatro rodas têm cerca de dez vezes mais área de contacto com o solo – pelo que a escolha de pneus é muito importante quando se tem 260cv ao dispor, como é o caso dos pilotos do MotoGP™. A relação potência/superfície de contacto é muito maior que em qualquer outra competição automobilística.
Há dois fabricantes de pneus a trabalhar no Campeonato do Mundo; a nipónica Bridgestone no MotoGP™ e a inglesa Dunlop na Moto2™ e na Moto3™.
Os novos regulamentos de pneus introduzidos em 2009 viram a classe de MotoGP™ passar para um fornecedor único de pneus por questões de segurança e de custos, com a Bridgestone a ser eleita para o serviço. A regra do fornecedor único de pneus trouxe a necessidade da introdução de medidas que garantissem a paridade e no final de 2008 foram anunciadas novas regras para o sistema. O documento pode ser lido na íntegra em at the FIM Official website.
A Bridgestone é responsável pela produção dos pneus usados em cada Grande Prémio, mas a distribuição dos mesmos a cada um dos pilotos do MotoGP™ é feita pelo Director Técnico e respectivo pessoal, que distribuem as borrachas de forma aleatória e sem influência da Bridgestone, equipas e pilotos. O processo de distribuição tem lugar no dia anterior ao início dos treinos (quinta-feira na maior parte dos casos) e não pode ser alterado após as 17 horas.
A Dunlop é a fornecedora exclusiva de pneus na Moto2™ e na Moto3™.

FABRICANTE DE PNEUS

Os compostos usados no MotoGP™ são combinações de materiais sintéticos e borracha natural, que é vulcanizada e transformada em látex. Um pneu de corrida típico é composto por borracha, fibras plásticas de alta tecnologia, resinas e minerais, tudo combinado para oferecerem o mais elevado nível de prestação.

ESCOLHA DOS PNEUS

A escolha do melhor composto a usar durante uma corrida é feita pelas equipas após consultarem os dados anteriormente recolhidos na pista por si próprios e pelo fornecedor de pneus. Mais, conversas com os pilotos tendo por base os conhecimentos que têm da pista, as condições climatéricas e as ‘sensações’ oferecidas pelas motos nos dias de testes, treinos livres, qualificação e warm-up também afectam a escolha dos pneus.
Nos dias de testes e durante as sessões de treinos é frequente ver os pilotos levarem a cabo ‘simulações de corridas’, onde rodam com o tipo de pneu que esperam usar durante na corrida na pista onde estão, efectuando o número de voltas da corrida para esse mesmo traçado. Estes exercícios são cruciais para as formações e construtores no que respeita aos dados coligidos e respostas oferecidas.
É necessário encontrar o equilíbrio certo entre aderência e resistência do pneu para a corrida – com todos os dados a serem usados para a tomada de decisão em relação à escolha de um composto macio e mais aderente, que vai permitir maiores velocidades e melhores tempos por volta, mas que se desgasta mais depressa, ou de um composto mais duro, e menos aderente, que será mais durável mas não ajudará tanto o piloto a atingir a velocidade máxima, ou então a opção por um composto entre os dois extremos.
Em 2009 os novos pneus da Bridgestone no MotoGP™ tinham um amplitude de funcionamento maior em termos de temperatura de pista, pelo que se adaptavam melhor a condições variáveis, o que se deveu ao facto do número de pneus e compostos disponibilizados aos pilotos em cada Grande Prémio ser agora limitado. Para 2012 a Bridgestone apresentou novo composto para melhorar a prestação de aquecimento, o que se revelou um problema para muitos pilotos em 2011.
Os pneus de corrida são projectados para oferecerem um nível de prestação óptimo ao longo da distância da corrida, que é de cerca de 120km.
Normalmente os pneus de corrida são slicks, que variam dos pneus de estrada por serem muito mais aderentes, mas muito menos duradouros. Os pneus de corrida podem variar muito e são escolhidos em função da temperatura esperada, tipo de asfalto, exigências da moto e estilo de pilotagem dos pilotos.
Para complicar ainda mais a matéria, os requisitos dos pneus frontais e traseiros pode variar muito do ponto de vista técnico e acertar na escolha de ambos é imprescindível para o sucesso em pista.

CORRIDAS MOLHADAS

Para condições de chuva podem ser usados pneus com rasgos, mas a sua deterioração é muito mais elevada caso a pista seque.
As corridas são declaradas secas, ou molhadas, pela Direcção de Corrida e antes do início. Anteriormente, se a corrida começasse seca e começasse a chover, os pilotos ou oficiais podiam dar bandeira vermelha (interromper) a corrida e, das duas uma, ou recomeçar a corrida ou reatá-la com pneus de chuva. Em 2005 foi introduzida a regra de bandeira-a-brandeira, que determinada que, se a chuva começar a cair a meio de uma corrida inicialmente declarada como seca, será apresentada a bandeira branca, o que indica que os pilotos podem ir às boxes para trocar de moto para outra idêntica, mas com pneus diferentes.
A primeira vez que a regra da 'bandeira-a-bandeira' foi aplicada na totalidade foi em Phillip Island em 2006, com um dramático espectáculo de todo o pelotão do MotoGP™ a entrar no pit lane para a primeira troca de motos da história.

Canais De Televisão

TerritórioEstaçãoTransmissão
ANGOLAZimbo TVMotoGP corridas ao vivo ou SDD
AUSTRÁLIA e Papua Nova GuinéFox Sports Australia / Channel OneTodos Todos Raça corrida ao vivo / MotoGP ao vivo do QP e. GP da Austrália (MotoGP QP e todas as raças Live)
ARGENTINAESPN +MotoGP e Moto2 corridas ao vivo, Moto3 Live / SDD / D. MotoGP QP Live / SDD
ÁUSTRIAORF +52 'Destaques programe atrasado (e corrida de MotoGP a partir de 5 de GP ao vivo)
BÉLGICARTBF / AchtRTBF: MotoGP e Moto2 Raça Live / Le Mans GP só Todas as raças Vivo
BRASILGlobosat / Sport TVTodas as raças ao vivo e MotoGP QP Vivo
BÓSNIASportKlubTodas as raças e QP Vivo
BULGÁRIATV + BulsatcomMotoGP corrida ao vivo. Moto2, Moto3 e MotoGP QP Live / SDD
CAMBOJAPendure Maes TV52 'Destaques programe adiada
CANADÁRDSMotoGP corrida e, destaques Moto2/Moto3 atrasado (em francês)
CHINAGuangdong TV 
Chong Qing Canal Satélite
MotoGP Corrida Live / SDD
COLÔMBIACityTVMotoGP corrida ao vivo, MotoGP QP
CROÁCIASportKlubTodas as raças e QP Vivo
CHIPRETBC
CHECA REP.Fanda TV / Nova EsporteMotoGP corrida ao vivo. Todas as raças de Checa GP Live / Moto2, Moto3 corridas ao vivo e todos QP Vivo
DINAMARCATV Puls (Viasat)Todas as raças e QP Vivo
EL SALVADORCH 4Todas as corridas ao vivo / SDD
ESTÔNIAVIASATTodas as raças e QP Vivo
FINLÂNDIANelonen Esporte ProTodas as raças e QP Vivo
FRANÇAEurosport França / NT1Todas as corridas ao vivo, All QP do ao vivo e todas as práticas gratuitas Live / Grand Prix de France ao vivo
ALEMANHASport 1 / Sport1 +Todas as raças e QP Live / Todas as corridas ao vivo, All QP do ao vivo e destaques dos treinos livres
GRÉCIAEsporte OTETodas as raças Live and MotoGP QP Vivo
HUNGRIADigiSportTodas as raças e todas as QP Vivo
INDONÉSIATRANS7MotoGP e Moto2 vivo MotoGP QP Vivo
ISLÂNDIASport2MotoGP Corrida ao vivo
ISRAELSPORT 5 +Todas as raças e MotoGP QP Vivo
ITALYSKY Itália / CieloFP, QP e corridas ao vivo todas as categorias. 24/7 MotoGP Canal / 8GPs vivo QP e Races todas as categorias. Outros 2h destaca SDD
JAPÃONTV / G+1 Hora destaca em base adiada.GP do Japão MotoGP Corrida Live / Todas as raças vivo e destaca QP SDD
KOSOVOKujtesa SPORTTodas as raças e Práticas QP vivo
KAZAHSTHANSTVMotoGP Corrida ao vivo
ÍNDIADez SportsTodas as raças e MotoGP QP ao vivo. Dorna 52 'Destaques Delay
LETÔNIAVIASATTodas as raças e QP Vivo
LITUÂNIAVIASATTodas as raças e QP Vivo
MACEDÔNIASportKlubTodas as raças e QP Vivo
MONTENEGROSportKlubTodas as raças e QP Vivo
PAÍSES BAIXOSSport 1 Holanda / NOSTodas as raças e QP Live / TT Assen todas as raças vivem + destaques de todos os GP do programa Esporte em Estúdio
Nova ZelândiaSommet Esportes / TV3Todos QP de todas as raças e viver / 52 'Destaques programe adiada
NORUEGAVIASAT MotorTodas as raças Vivo, aquecer, QP e Treino Livre ao vivo
POLÓNIAPolsatMotoGP, Moto2, Moto3 Races viver e Qualificação Prática MotoGP ao vivo
PORTUGALSPORTVTodas as raças Vivo, aquecer, QP e Treino Livre ao vivo
ROMÉNIADigiSportTodas as raças e QP Vivo
RÚSSIAAutoplusTodas as raças e QP Vivo
SÉRVIASportKlubTodas as raças e QP Vivo
ESLOVÉNIAKanal A 
PLUS POP
Todos MotoGP e Moto2 corridas ao vivo, destaques Moto3 
Todos QP e Moto3 corrida ao vivo
ESPANHAMovistar MotoGP 
Tele5
Todas as raças ao vivo, todos os QP vivo 
9GPs Todos corridas ao vivo, outros todas as raças SDD
ÁFRICA DO SULSuperSport (Mnet)Todas as raças e QP Vivo
SUÉCIAVIASAT MotorTodas as raças Vivo, QP e Treino Livre ao vivo
SUÍÇASRF / RTS / RSITSR: MotoGP e 125cc ao vivo - SDD / ETI: Todas as 3 Classes viver / DRS Alguns Moto2 ao vivo e Destaques da Moto2 e MotoGP
TAILÂNDIACanal 9Corrida de Moto2 ao vivo, MotoGP Corrida Live / SDD, Destaques do QP do
PeruSmartSporMotoGP e Moto2 QP e corridas ao vivo
Reino UnidoBT / ITV4Todas as raças, QP e Práticas ao vivo e re corre / 52 'Destaques programe adiada
EUAFox Sports 1MotoGP corrida ao vivo, Moto2 Raça SDD, Moto3 raça atrasada (para o EUA GP somente MotoGP QP vivo ou SDD)
VENEZUELAMeridianoTodas as corridas ao vivo
Redes Continentais
ÁSIAFox Sports ÁsiaTodas as raças ao vivo e todos QP Vivo
ÁFRICASuperSportTodas as raças e QP Vivo
Médio OrienteBein EsporteMotoGP QP e todas as raças ao vivo
América latinaESPN Latin, ESPN HD, ESPN2MotoGP e Moto2 corridas ao vivo, Moto3 Live / SDD / D e MotoGP QP Live / SDD
Agência de Notícias e Programas Globais de DesportoDesígnio
SNTV Associated PressTodos GP 3 'para fins de acesso notícia 315 emissoras em 199 Territórios
REUTERSTodos GP 3 'para fins de acesso notícia. 503 emissoras em 101 Territórios
EXECUTARTodos GP 1 'para fins de acesso notícia MotoGP QP e 2' MotoGP Race.Apenas Execute jogador nenhum Itália, Espanha não
EBUTodos GP 3 'para fins de acesso notícia.